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FOTO: https://editora.recantodasletras.com.br/autores/Silvia-Aparecida-Pereira

 

 

SÍLVIA APARECIDA PEREIRA
(BRASIL – SÃO PAULO)

 

Sílvia Aparecida Pereira nasceu na cidade de Avaré, São Paulo, a 27 de fevereiro de 1962.
Filha de Isaura dos Reis Pereira e Silvio Pereira.
Morou em Avaré apenas até os 10 meses quando seus pais vieram morar na cidade de Botucatu – S.P., onde ficou até os sete anos.
Aos sete anos, seu pai, pedreiro, foi tentar a vida em Diadema, São Paulo, em 1969. Alfabetizou-se por lá e morou até os 11 anos, quando voltou para Botucatu. Leitora compulsiva, leu "Tibicuera" de Érico Veríssimo. Depois, "Éramos Seis" de Maria José Dupré, livros de temática avançada para a idade, antes dos 11 anos.
Fez Letras.
É professora de Português, assumiu cargo efetivo em São Manuel em 2000. Lecionou nas escolas: SENAC, SESI e SENAI, Faculdade Eduvale de Ensino, e leciona na Escola Pública Estadual. Revisou os livros do escritor Ieso Nascimento, “O guardião dos gentios” e “Corno e outros Bixos”. Escreveu para a APEB (Associação de Poetas e Escritores de Botucatu) em cinco edições.
Escreve para o site Recanto das Letras. Publicou em 2017 a coletânea pela Editora Palavra é Arte. Tem dois filhos, Eveline, 35, Renan, 25, e um neto, Francisco.

 

DANIEL, Claudio.  NOVAS VOZES DA POESIA
BRASILEIRA. Uma antologia crítica.   
Capa: Thiti
Johnson.  Cajazeiras:  Arribação, 258 p.  
ISBN 978-85-6036-3333365-6

                  Exemplar biblioteca de Antonio Miranda


       A VIDA JÁ FOI NUVEM

       
o sol dava as caras
      na senzala flutuante
      era ela, sempre ela
      com sua cor avelã
      mãe sem filhos
      parto após parto
      suor, sofrimento
      vida preta
      que se apaga
      chora antes
      que o outono
      vá embora
      depois que o inverno
      castiga
      num verão
      que não chega
      pois a vida já foi nuvem
      e ela Clara, já velha,
      se matou.



       SQUAMATA

       
Sibilam
      em línguas
      cabeços
      cortantes
      beijos
      transformam
      sabores
      em larvas
      fastias
      copulam
      frenéticas
      dúbios
      amores amenos
      orgia, júbilo
      corpos suados
      desfazem sonhos
      copulam
      sobrevoam
      aeradas
      danças ofídias


       LA LOREN

     
Ouro ou prata
      viva la Loren,
      italiana notável!
      docce limoncelo
      bebida viciante
      “agarrem essa loira”
      De Sicca trepida
      entre matrimônio
      à italiana
      mulheres duplas
      lisura,
      ontem, girassóis,
      arabesque
      hoje, Rosa
      amanhã,
      cosa será?


 

 

 
 
 
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